25.4.08
Um maldito filho da puta saudosista II
Há sempre algo para desviar meu pensamento daquilo que não é perfeito, mas é único.
Não há como igualar algo à amizade, mas o Amor... O Amor...
Ele chega invadindo, quebrando tudo, não pede licença, abre a geladeira e ainda come nosso pão.
Ele chegou avassalador e cessou!
Mas Este hóspede intruso é preciso, precioso.
Eu estou aqui arrumando a sala e as gavetas, mas Ele sempre será poeira na estante, daquelas que encarnam no cantinho e não largam.
Sei que o tempo esconde mais verdades que o momento.
Sei que por mais que eu esteja bem, me falta o MEU bem.
Basta um minuto para o relógio parar e o mundo acabar.
Basta esse único minuto para acordar O hóspede.
E quando Ele acorda tudo dorme. Tudo desaparece.
Mergulho num sonho que não se deixa vencer por tempo e distância.
Viajo pelos sertões até dar de encontro com o cheiro... O cheiro de pão!
O cheiro de lugar cativo! O cheiro simples e interiorano da felicidade!
A amizade vem e organiza a bagunça feita por Ele, o amor.
O tempo prossegue, o mundo gira novamente.
O sonho acaba.
O minuto acaba.
Tomo meu rumo ainda embalado pela lembrança da viagem que nem mesmo chegou a acontecer.
Mas logo a amizade desvia isso.
Desvia enquanto pode, até chegar outro minuto...
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