12.5.08

Os dias doze de cada mês

Eu não sabia explicar nós dois
Ela mais eu
Porque eu e ela
Não conhecia poemas
Nem muitas palavras belas
Mas ela foi me levando pela mão
Íamos todos os dois
Assim ao léo
Ríamos, choravamos sem razão
Hoje lembrando-me dela
Me vendo nos olhos dela
Sei que o que tinha de ser se deu
Porque era ela
Porque era eu

(Porque era ela, porque era eu. Chico Buarque)













A madrugada tem um frio gostoso, que pede carinho. E apesar de não tê-lo mais, me alegra saber que amei. E eu sei que não amei sozinho, pois hoje ainda somos dois, por mais que sejamos dois a sofrer. Mas se a dor de agora é o revés do que outrora fora amor, então foi grande nossa loucura de amantes. Que com o tempo as datas sejam meros acasos numéricos no calendário e não mais motivo de lágrimas saudosistas.

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