22.9.08

Despeito

É preciso pulsar
É preciso doer
É preciso sentir
É preciso fervor

Pula no meu pescoço
Não larga, sufoca
Sou presa fácil
Estou sozinho

Seria seu, mas passou
Você é vontade
Não deixa saudade
Não amarga

Nem é doce, só açúcar
Só idéia, nem gozo
Pouco coração
Nada de razão

Não gruda quando quero
Só sai quando preciso
Nem fica quando mando
Tirando doce de criança

Mima, mimado chato
Estou pedindo
Ou será que não decifra
Meus olhos são escuros

Mas quer mais escuro
Que essa pedra no teu peito
Insensatez, cansou a pilha
Nem sabe quem é Vinícius

Ta, chega dessa disritmia
Vou dançar a valsas
Solidão
Afinal, com você tanto faz

4 comentários:

  1. ah amigo, life is so complicated, como já diziam os the kinks... mas o melhor é que por pior que seja o despeito perde todo o sentido quando deixamos o botão do amor ligado.

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  2. Eu não te disse que gosto de te ler com calma? Mas às vezes, fico preocupada.

    Eu te amo você.

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  3. mesmo despeitado, adoro ler o que tu escreve e saber o que tu sente.
    ;**

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  4. Gente, sério! Eu vou me juntar ao tomate e reativar o movimento da 'faquinha no queijpo'. Não, sério! porque agora tá um onda braba no trevo, voltamos à introspecção e ao saudosismo? A siatuação tá russa...
    Lithle bird, life is what happens while you're busy making other plans, you know?
    Eu gosto dos seus poemas, eles ficam em mim como a água que enxagua meu rosto pela manhã... Mas, assim como jucá, não deixo de me preocupar..
    Eu amo tu, cajú! ;** Carpe dien.

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