Ainda que um carinho meio ébrio
É o teu carinho, e eu aceito-o
Posto que és tu o detentor do meu olhar
Meus braços recebem-te
Mesmo que assim, uma criança perdida
Alguém que vaga pelos vícios da juventude
Mas que sejas homem quando a noite perfurar
Possua-me como tua mulher
Assim como possuem-se os selvagens
Proteja-me e toma-me imaculada
Assim como no escuro de uma selva
Quando acabar, durma teu sono embevecido
Que então voltarei ao meu posto de rainha
E ordenarei aos deuses que sejam teus
Os sonhos que permeiam Vênus
Tu serás somente dos meus encantos
Pois meu cavalo alado és também o meu dragão
E ambos se encontram em teu corpo
Tu és meu caminho e perdição
E por fim eu serei mais uma rainha ensandecida
Um reino que se perde pelo amor
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