23.5.08

Perecer: vestígio de se amar

Em cada esquina um novo amor
As ruas, passarelas de mãos laçadas
As ondas que molharam nossos pés
Os postes que não iluminam mais você

Em cada gesto o mesmo velho amor
No sorriso um tanto de lágrima
No olhar teu perfil refletido sob o sol
Um acenar de adeus em cada olá

Em cada instante matar teu amor
Levitar: as ruas nunca mais tocar
Refugiar: jamais voltar ao mar
Escuridão: sem postes, meu coração

Em cada beijo abdicar o amor
Sem sorrisos: nunca mais amar
Sem olhares: nunca mais amar
Sem acenar: nunca mais dizer olá

E perecer: vestígio de se amar

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